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GUIA DOS CASAS FANTASMAS
Você gostaria de ver um fantasma de verdade? Se a reposta for sim, o melhor é ir ao encontro dele, e não simplesmente esperar pela boa vontade de uma alma penada que resolva aparecer na sala de sua casa. Pois eu vou dar as dicas de como se tornar um caça-fantasmas. Veremos o que fazer numa caçada semi-profissional aos espectros, com o único objetivo de identificar e registrar uma assombração. E aqui vai a primeira e mais importante regra: NÃO se arisque em locais perigosos, desertos ou mal iluminados, como velhas casas abandonadas e terrenos baldios! Assombrações são mais assutadoras em lugares habitados, acredite! Segunda regra: forme um grupo para participar da investigação. Agora, vamos por partes, como diria Jack, o estripador...
Onde?Quando pensar em organizar uma caçada a fantasmas, confira se o local é realmente assombrado. Visite, sem despertar suspeitas, uma ou duas vezes, de preferência acompanhado, e veja se algo desperta sua atenção ou provoca sensações. Fotos com imagens estranhas captadas no local não serão suficientes, a não ser que todos decidam que vale a pena uma investigação formal, com instrumentos adequados.
Quem pode fazer parte do grupo?Várias pessoas com interesses e habilidades variáveis, bem como diferentes graus de crença em eventos sobrenaturais. Se possível, esses voluntários devem saber lidar com os aparelhos variados. A observação é importante: mesmo que você conheça bem seu companheiro de caçada é difícil ponderar como reagirá em certas situações. Ele pode ficar calmo ante o espectro de um enforcado, mas o simples aparecimento de uma criança fantasma pode abalá-la, se ela tem traumas com filhos, sobrinhos ou irmãos que morreram muito jovens. E tome cuidado: Não convide cépticos, pessoas que se assustam fácil, com problemas de coração ou que sejam de difícil convivência.
MaterialDeve incluir câmaras de vídeo ou fotográficas e gravadores. Alguns equipamentos de origem não eletrônica podem ser usados, como varetas usadas na rabdomancia, compassos, pêndulos, mapas. Cães também podem ajudar: os animais têm muita sensibilidade a fenômenos sobrenaturais.
Antes da investigaçãoÉ muito importante antecipar ao grupo que cenário e que riscos serão enfrentados. Casas condenadas, com assoalho frágil e vidros quebrados podem ser muito perigosas: é melhor evitá-las. Se possível, visitem uma vez o local antes da investigação oficial. No caso de cemitérios, muitos têm regras que só permitem a presença de pessoas durante o dia, até o final da tarde. Certifique-se do horário, chegue bem antes para fazer suas medições e registros e saia assim que for solicitado. Não infrinja a lei a não ser que tenha permissão do poder público. Muitas caçadas terminaram com denúncias de vizinhos irritados ou policiais em ronda tentando registrar uma ocorrência.
Quando caçar fantasmas?A crença geral é que os fantasmas aparecem por volta da meia-noite. Reza a tradição que as horas de número seis e doze (seis horas da manhã e da noite, meio-dia e meia-noite) são escolhidas pelos espectros para se revelarem aos mortais, mas as estatísticas dizem que a maior parte das aparições ocorre na hora antes do anoitecer ou na hora antes do amanhecer.O observar a data também pode funcionar: o dia aniversário de morte do fantasma, o dia de finados, o dia das bruxas, etc.
Chegando ao localEm geral, é bom ter mais de um veículo à disposição. Os fantasmas podem afetar o funcionamento de partes elétricas dos automóveis: um veículo que não "querer" funcionar ou que de repente começar a se movimentar sem razão aparente num local muito assombrado. E os carros não são os únicos afetados. Celulares e câmaras podem subitamente parar, por isso é bom ter mais de um aparelho de cada na expedição. No local, aqueles que já estiveram antes devem liderar o grupo e indicar os possíveis perigos. É bom também ter spray para insetos e estojo de primeiros socorros à mão.Em jornadas noturnas, deve-se, é claro levar lanternas. Certifique-se vez por outra que elas estão funcionando E nunca deixe ninguém a sós: se algo estranho acontecer, é muito bom ter alguém ao lado.
A Pesquisa Pode-se dividir a equipe em vários subgrupos. Aqueles com um perfil mais sensitivo podem circular buscando focos de atenção. Muitas equipes recorrem a apetrechos esotéricos, como mesas ouija, cartas de tarô ou à experiência do copo. Os outros devem ficar fotografando, filmando, ou gravando sons com um gravador.
No caso da fotografias, cuidado com o uso de flash. Muitas câmaras tem a opção do flash automático e deve-se prestar atenção para avisar aos colegas quando for fotografar. Não tirem duas ou mais fotos com flash ao mesmo tempo: podem-se registrar falsas anomalias. No entanto é bom tirar fotos seguidas para, após a caçada, comparar e verificar detalhes como brilhos de metal, reflexos de luz do luar, etc. A aparição de névoa, luzes estranhas, chamas, mudança de cores em apenas uma das fotos é uma boa pista dos eventos estranhos no local.
Mas, mesmo sem conseguir registros, a simples visualização de uma faísca, luz ou chama através da objetiva pode ser uma indicação de um foco de atenção.Também investigar o alvo a ser fotografado: podem existir objetos metálicos ou mesmo insetos que reflitam o flash, causando falsa expectativa. Procure confirmar se o fenômeno é autêntico e sem aparente explicação. Outra dica: fotos de câmaras digitais devem ser comparadas com fotos de câmara normal e vice-versa.
Mudanças bruscas de temperatura são, muitas vezes, indícios de fantasmas. Se isso ocorrer faça fotos, ligue a câmera de vídeo e o gravador. Mesmo que você não esteja vendo nada, alguma coisa deve ser registrada pelos aparelhos.
Feita toda a pesquisa in loco, avalie o material e tire suas conclusões. Não fique frustrado de não conseguir nada: os fenômenos para-normais são muitos raros e até os pesquisadores profissionais têm dificuldade de documentá-los. Se você descobrir alguma coisa estranha, inexplicável, parabéns: você é um legítimo caça-fantasmas. Mas pense bem se tem coragem de prosseguir com a investigação. As descobertas podem ser assutadoras...
Ainda tem dúvidas sobre como caçar fantasmas?Então pergunte a mim...hernanirobinson@hotmail.com



O homem na pele do lobo
Lobisomem significa homem-lobo, como o termo em inglês “werewolf”, vindo do inglês antigo: wer(homem) e wolf (lobo). Analisadas assim, de maneira simplista, essas palavras pouco revelam sobre a terrível maldição que elas representam. Em épocas remotas, a Europa vivia infestada de lobos e logo começaram a surgir relatos de criaturas meio-homem-meio-lobo que vagavam nas noites de lua cheia caçando e matando vítimas, geralmente humanas. Os relatos tinham mais força porque se afirmava que essas criaturas eram humanos que, por vontade própria ou talvez por sede de poder, buscavam a transformação. A lenda estava ligava às crenças e seitas ancestrais de adoração da lua; daí a freqüência maior de aparições na fase em que o satélite da Terra é mais brilhante.
Na verdade, histórias de lobisomens existem desde a Grécia antiga. Segundo a rica mitologia daquele povo, Licaon, rei da Arcádia, filho de Pélago, primeiro soberano da região, recebeu Zeus como hóspede por uma noite e tentou matá-lo. Zeus castigou-o dando-lhe forma de lobo. Existem, contudo, variantes da lenda na própria Grécia. Uma delas diz que Licaon fez sacrifícios humanos e que sua transformação foi penalidade imposta pelos deuses; outra revela que o soberano, ao recepcionar Zeus, teria lhe oferecido carne humana. De qualquer modo algumas das tradições relativas ao lobo foram incorporadas aos cultos agrários, em que eram oferecidos sacrifícios de animais para livrar os rebanhos dos ataques dos predadores. Os costumes foram absorvidos pelos romanos que encontraram na lenda de Rômulo e Remo um motivo para adorar o lobo.
A mais exótica explicação para difusão das lendas de lobisomem pela Europa foi elaborada em 1990 por Hugh Trotti. Estudando o antigo culto egípcio de Anúbis ele encontrou semelhanças na figura do lobo (na verdade um chacal). O culto teria se estabelecido em Roma e, no século I d.C. estátuas com cabeça de lobo ou chacal eram encontradas nas ruas e templos da cidade. Essa figura adaptada tinha o nome de Hemanubis, e tropas germânicas servindo nas legiões romanas viram tanto essas estátuas quanto máscaras usadas pelos legionários nas campanhas e levaram as histórias para seus lares, relatos assombrosos de homens que viravam lobos.
InquisiçãoNa Europa medieval, muitos países eram assombrados por lobisomens, especialmente a Alemanha. A princípio existiu a crença de que eles seriam sacerdotes de cultos pagãos que se metamorfoseavam em animais para matar inimigos. Nos séculos XV e XVI, os licantropos, como as bruxas, foram caçados pela Inquisição, pois se dizia que eles tinham um pacto com o Diabo, e que teriam vendido a alma em troca de poder.
Existem vários casos nos autos da Inquisição, e um dos mais famosos é o de Peter Stubb, que se passou perto de Colônia, em 1573. Sua confissão foi obtida sob tortura, e o acusado declarou ser um lobisomem desde os 12 anos. Stubb afirmou ainda que se transformava em um grande lobo por obra de um cinto recebido das mãos do próprio Diabo. Durante 25 anos ele aterrorizou as estradas e fazendas; alimentando-se de animais domésticos, além de matar e comer treze crianças e duas mulheres grávidas, das quais teria arrancado os fetos do útero para devorar. Ele escapou de armadilhas ao longo dos anos, até que caçadores seguiram suas pegadas de lobo e o capturaram quando o cinto escapuliu e ele voltou à forma humana. Sua filha e uma amante foram julgadas como cúmplices, sendo espancadas decapitadas e queimadas numa fogueira.
Outro caso ocorreu em Dôle, na França, também no ano de 1573. Um recluso de nome Gilles Garnier confessou espontaneamente que matara várias crianças cujos corpos foram encontrados por pastores. Estes afirmaram que viram um lobo gigantesco perto do local, e esse animal teria os traços de Garnier na face.Em novembro daquele ano, as autoridades deram ao povo a permissão para caçar e matar a fera. Um grupo de aldeões foi atraído pelos gritos desesperados de uma jovem e encontraram-na viva, embora muito ferida, nas garras de um lobo que atendia a descrição anterior. Embora o animal escapasse dos caçadores, Gilles Garnier e sua esposa foram presos alguns dias depois quando um garoto de 10 anos desapareceu nas vizinhanças de sua propriedade. Garnier confessou a autoria de algumas das mortes e que alguns dos pedaços das vítimas eram levados para sua casa e comidos por ele e sua esposa. Ambos foram queimados em janeiro de 1574.
TransformaçãoO homem pode virar lobisomem basicamente de três maneiras: sendo vítima de uma maldição, de família ou lançada por alguém ( a maldição Lycaeonia ), sendo mordido por um lobisomem ou buscando rituais que possibilitem a transformação. Diz-se que a pessoa atingida pelo fado tem necessidade de sangue humano. E as tradições indicam que esse indivíduo só se tornará amaldiçoado quando provar o sangue de seu semelhante pela primeira vez, fato que tornará o fado irreversível. O licantropo adquire poderes de regeneração e uma vida muito mais longa que a média geral. Se o lobisomem for ferido e o sangue dele jorrar, ele volta à aparência humana expondo sua verdadeira identidade.
Conforme alguns relatos, mesmo na sua forma de lobo, o licantropo conserva suficiente discernimento para ajudá-lo nas caçadas, no reconhecimento de armadilhas e de vítimas. Dizem que para se matar um lobisomem é preciso uma bala de prata, que essa prata venha de um objeto sacro derretido; ou ainda que a bala tenha sido banhada por cera de vela de altar onde se haja celebrado três missas da noite de Natal. Fala-se também que ele poderá se morto por qualquer coisa que atinja gravemente o coração ou a cabeça ( enforcamento, por exemplo, que retira o oxigênio do cérebro).
O tema do homem virando lobo por fado ou maldição é corrente em vários lugares como Inglaterra, Irlanda, Rússia e Brasil. Outros lugares têm lendas semelhantes, embora o homem se transforme em outros animais como hienas, leopardos e tigres. Algumas das mais comuns explicações estão nas maldições lançadas sobre homens por feiticeiros , mas encontram-se explicações também por relações impuras (incesto) e numa crendice de que, se uma mulher tem sete filhos homens, o sétimo virará lobisomem após alcançar a idade de 14 anos. A partir daí, nas noites de sexta-feira , procurará uma encruzilhada onde passem muitos animais, e ali virará lobisomem. Até o sol raiar correrá sete cidades, sete cemitérios, sete átrios de igreja, atacando quem estiver pela frente. O primeiro canto do galo fá-lo-á voltar ao ponto da transformação.
AparênciaDiz-se que o lobisomem na forma humana tem uma aparência doentia, comendo pouco (efeito do gosto de sangue que fica na boca), além de sofrer de insônia e cansaço. Em muitos casos, a personalidade se tornará paulatinamente violenta. Ele será desencantado se for ferido enquanto transformado, derramando sangue. Mas dizem que ele fará de tudo para matar quem o expôs. Por essas e outras é difícil saber de casos de ex-lobisomens: quem lhes findou a sina não mais existe.
Algumas teorias, tentam justificar a lenda do lobisomem. A mais famosa é a de uma doença mental chamada licantropia, que faria com que a pessoa pensasse ser um animal, mais especificamente um lobo, comportando-se como um lobo faria: uivando para a lua, andando de quatro, comento carne crua e atacando pessoas com unhas e presas. Ainda existem vítimas dessa doença na atualidade.
Outras duas teses também se referem a sintomas psíquicos, embora ocasionados por fatores físicos. Uma delas envolveria sintomas de raiva(hidrofobi)adquirida através da mordida de um lobo: saliva espumante e irracionalidade, que levaria a pessoa a atacar seus próprios familiares. Os poucos conhecimentos e as muitas superstições da época veriam nisso a lenda do lobisomem. A outra envolve experiências com ervas alucinógenas misturadas e um fungo chamado ergot que atacava grãos usados na produção de alimentos como pão caseiro, causando efeitos parecidos com os do LSD, e fazendo o usuário vagar pelas estradas pensando ser um lobo.
Mas essas teses não são suficientes para explicar um fenômeno tão recorrente,muitas vezes presenciado por testemunhas dignas de confiança. Será a licantropia um estado patológico ou uma verdadeira maldição sobrenatural? Por certo, uma dúvida difícil de ser respondida. De certeza só temos que, enquanto houver lua cheia no céu, existirão lobisomens vagando nos caminhos ermos iluminados pelo luar.


bjos

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